Mais do que destemida, a abordagem do FC Porto ao jogo justificou, desde cedo, outros adjectivos. Nela havia estratégia, num plano assumidamente arrojado e inteligente, capaz de condicionar o adversário, reputado como o melhor do Mundo, logo na génese de todos os movimentos de ataque.
O campeão português entrou a pressionar “alto”, gerando o embaraço criativo do opositor e atrasos frequentes para Valdés, a cada vez que o privava de tempo e espaço para pensar e executar. O Barcelona dispunha de mais posse de bola, mas a sua presença no meio-campo portista era diminuta.
Os efeitos da trama portista não se esgotavam no plano defensivo, tinham mais implicações. Permitia aos azuis e brancos criar as melhores situações de golo, com Hulk e João Moutinho a fazerem de Valdés o melhor em campo, antes de um lance infeliz de Guarín mudar definitivamente o jogo.
Já com o intervalo por perto, um atraso do colombiano isolou Messi, que, só com Helton pela frente, fez o primeiro golo dos catalães. Só a partir daí o Barcelona foi igual a si próprio e, ainda assim, incapaz de travar a resposta portista, que obrigou Valdés a novos episódios de brilho. E, para o fazer, contou ainda com a simpatia do árbitro holandês e de dois dos seus assistentes, que não tiveram a coragem de sancionar o óbvio: um derrube de Abidal a Guarín, com o resultado ainda em 1-0. O segundo golo dos espanhóis, apontado por Fàbregas, aconteceu já com o FC Porto reduzido a dez unidades.
in fcporto.pt, 26/08/2011
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