quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Como jogou Hulk

Não é um matador, mas voltou a ser ponta-de-lança. Faltou-lhe o instinto dos homens de área. Quase nunca resistiu à tentação de rodar sobre cada bola que recebeu. É esse o chip que usa há anos: recebe e procura espaço para arrancar. Para ser ponta-de-lança precisa jogar mais de costas para a baliza. Parece fácil, claro. Mas a história prova, os grandes talentos não gostam do que é simples. Hulk quer sempre brilhar no pormenor que faz a diferença. Os pontas-de-lança costumam ser deuses das coisas simples. Jogou a segunda parte na sua posição de raiz, mas não subiu o rendimento, perdendo-se em tentativas de remate infrutíferas e passes mal calculados.


in maisfutebol.iol.pt, 06/12/2011

Não havia mal nenhum se este FC Porto fosse Hulk e mais dez se algumas das vezes Hulk se desse conta disso mesmo: que tem mais dez ao lado. No mínimo, tem quase sempre um a quem passar a bola, mas raramente o faz. E quando o fez, falhou mais do que devia. Um livre-bomba, aos 29', e um cruzamento-remate (mais remate...), aos 49', foram excepções numa exibição de muitas tentativas e pouco acerto.

in ojogo, 07/12/2012

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