segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Somos o Primeiro!

A dois ritmos, separados pelo intervalo, e a dois golos, apontados por Maicon e James, o campeão retomou o seu lugar natural. De novo na condição de líder, depois de um jogo de paciência e posterior aceleração, que incluiu o desperdício de uma grande penalidade, o FC Porto desmontou a resistência feirense e apresentar-se-á na Luz na condição que melhor lhe assenta. É outra vez primeiro.

Com a reocupação do primeiro lugar ao alcance de um golo, o campeão procurou a vantagem desde o primeiro instante, mas preferindo um processo de paciência e método, que então ficou a dever algo ao génio e muito à velocidade. Não sendo total, o assalto foi gerido num ritmo intermédio, mas persistente, procurando gerar e detectar falhas na estratégia ultradefensiva do opositor, que encurtava espaços na aproximação extrema das linhas, ao ponto de gerar a sensação de que uma não era muito mais do que a extensão da outra.

É, no entanto, errado concluir que o Feirense se limitou a ver jogar. Também jogou, mas mantendo como prioridade negar a essência do jogo. Aos poucos, Hulk redescobriria espaço. Para si e para Janko, que deixava de ser a única referência na área adversária. Dois remates cruzados do brasileiro falharam o alvo por pouco e os devidamente enquadrados esbarraram na inspiração de Paulo Lopes, que negou a James a mais flagrante oportunidade de golo, já com o intervalo a chegar.

A segunda parte começou como acabara a primeira: com o guarda-redes do Feirense a evitar a vantagem portista. Agora, a remate de Janko, à meia-volta e a cruzamento de Alvaro. O assédio obedecia então a outro balanço e não tardou muito para o austríaco voltar a ter tudo para marcar, cabeceando com tudo mas sem êxito. Na alucinante sucessão de oportunidades, Hulk teve a bola na marca de penálti, mas falhou a transformação, enquanto Paulo Lopes reforçava a condição de uma das figuras da noite.

Da falta óbvia sobre Janko, sancionada com o merecido castigo máximo, não resultou golo, mas redundou na correspondente expulsão de Luciano, dado que acentuaria a torrente ofensiva dos Dragões. Na verdade, o final tinha sido simplesmente adiado, para ser escrito no espaço de cinco minutos, o tempo que mediou entre o primeiro e o segundo golo do novo líder, que retomou o seu lugar, depois dos golos de Maicon e James. O primeiro pelo central, de cabeça, o segundo a remate do avançado, ainda que desviado no corpo de um adversário. Aos 67 e aos 72 minutos. E tinha sido James a assistir Maicon, ao cobrar um livre na esquerda.

Num final já bem longe de fazer justiça à produção atacante dos Dragões, o FC Porto partilhava, com a vantagem de deter a melhor diferença entre golos marcados e sofridos, a primeira posição com o Benfica, o adversário de sexta-feira, com quem divide o melhor ataque da prova, mas apresentando um registo defensivo de menos três golos sofridos.



in fcporto


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