O FC Porto perdeu este sábado dois pontos no Dragão, ao empatar (1-1) frente à Académica, num encontro em que somou oportunidades de golo no segundo tempo. O tento portista foi de penálti, convertido por Hulk, em cima do minuto 90, mas antes ficaram dois lances similares por assinalar. O árbitro Marco Ferreira, que permitiu à equipa de Coimbra praticar antijogo sem qualquer sanção, deixou passar.
Ao longo dos primeiros 45 minutos, o FC Porto não se conseguiu libertar da teia imposta pela Académica. Bem organizada e com marcações atentas, a formação de Coimbra conseguiu impedir que o futebol dominador dos portistas desse origem a remates. No entanto, convém analisar o lance que dá amarelo a Reiner, aos sete minutos: o defesa brasileiro da Académica toca a bola com o braço dentro da grande área, pelo que haveria lugar a um penálti e não a um livre directo.
De resto, destaque-se da produção portista dois livres desviados na grande área forasteira por Maicon (três minutos) e Janko (38). A grande oportunidade de golo do primeiro tempo foi porém protagonizada por Hulk, que surgiu isolado em cima do intervalo, mas o lance acabou cortado por Pape Sow. No entanto, ao descanso, valia o golo de Edinho, aos 39 minutos, na sequência de um cruzamento de Saulo.
Na segunda parte, o FC Porto partiu para cima da Académica e somou inúmeras oportunidades de golo, especialmente a partir do momento em que Djalma e Kléber substituíram Sapunaru e Rolando. Vítor Pereira assumiu o risco de colocar a equipa a jogar com apenas três defesas e o resultado foi um domínio absoluto sobre a partida.
Seria fastidioso enumerar todas as situações criadas pelos Dragões, mas vale a pena sublinhar o minuto 56, em que Hulk viu um cartão amarelo, por suposta simulação, num lance em que sofreu grande penalidade. Desta forma, o “Incrível” fica impedido de alinhar na próxima jornada, no terreno do Nacional, o que se torna numa dupla penalização. Aos 67 minutos, João Moutinho, que, na Luz, acertou na trave na marcação de um livre directo, repetiu o “feito”. O filme do jogo parecia apontar um desfecho cruelmente infeliz para o FC Porto.
Em cima do minuto 90, e na enésima bola lançada para a área da Académica, Pape Sow evitou com a mão que do lance resultasse uma situação de remate do FC Porto. À terceira, o madeirense Marco Ferreira lá apontou para a marca dos 11 metros e Hulk converteu o penálti, que ofereceu um pouco de justiça ao marcador. A reviravolta esteve próxima, em novo lance de Hulk, mas surgiu um corte de um jogador da Académica a evitar o desvio vitorioso.
Foi um FC Porto com mais coração do que cabeça aquele que conseguiu o empate. E, para além disso, a primeira parte foi jogada a um ritmo demasiado lento. Porém, o resultado acaba por ser mentiroso face ao volume de jogo e à acção do árbitro madeirense. E é precisamente na Madeira, na sexta-feira (19h00), que os azuis e brancos vão travar a próxima batalha na luta pelo título. E convém recordar que, independentemente deste empate, vão chegar lá como líderes da Liga.
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