
A pressa foi relativa e a pressão oscilante, gerida ao ritmo de uma estratégia que convidava o adversário a ir a jogo. E o Beira-Mar, em parte agradecido, até deu mais do que a organização com que se dispôs no relvado faria supor. Deu, inclusive, o que fazer a Helton. Mas o gás esgotou-se-lhe ao primeiro golo de Hulk, já numa fase de vincada superioridade portista.
O génio criativo de Lucho inventou um passe suficientemente perfeito para Dias, que jogava apenas há dez minutos, em substituição de Nuno Coelho, se sentir obrigado a agarrar Sapunaru, quando ao romeno se colocava um agradável dilema: decidir entre rematar ou oferecer o golo. Aos 33 minutos, da marca de penálti, Hulk não se limitava a dar vantagem ao campeão. Com ela, entrava também para a história do estádio, na qualidade de melhor marcador, que dividiu com Falcao, mas não por muito tempo.
Depois do intervalo, Hulk, que não foi feito para o desempenho de papéis secundários, reassumia a condição de protagonista, oferecendo a Janko o segundo golo com a precisão de um passe que não exigiu mais do que um toque para o fundo das redes. Aos 51 minutos parecia tudo feito e resolvido, mas o brasileiro tinha mais um golo para fazer. Bastaram-lhe três minutos e a assistência de Maicon para elevar para 41 a marca de remates certeiros no Dragão e ter à sua volta toda a equipa, com Helton incluído, a assinalar o registo histórico.
A rendição do Beira-Mar era definitiva. Já não havia transições que pudessem inverter o rumo do jogo ou, sequer, reformular a ténue pressão colocada sobre os Dragões cerca de duas horas antes. Sem que o resultado assumisse a diferença merecida, as distâncias na tabela foram recolocadas por uma exibição autoritária e, por momentos, avassaladora. Ficam a faltar três “finais”. Ou menos.
in fcporto
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