
À exibição, mais conseguida na segunda parte, faltou o essencial: o golo. Ao jogo, mais intenso pelo final, faltou uma segunda equipa com vontade de ganhar. Na falta de um e de outra, sobrou o nulo, festejado como uma vitória por quem defendeu com tudo, com todos e sem regras. O FC Porto regressa de Barcelos com um dos três pontos que fez por merecer, o Gil Vicente conseguiu o que queria.
À excepção da inclusão de Hulk, nada de particularmente novo ou surpreendente aconteceu na primeira parte. A abordagem das duas equipas foi, inclusive, previsível. A velocidades diferentes, o FC Porto investiu desde o primeiro lance, repetindo e redescobrindo movimentos, num exercício imposto pela retracção extrema do adversário. O investimento do Gil Vicente resumiu-se ao erro do opositor.
O ascendente portista foi uma das mais óbvias constantes do jogo, tão clara como a predisposição defensiva do Gil Vicente. Juntas, as duas premissas produziram o expectável: uma configuração próxima do “sentido único”, que a espera pelo golo prolongou e sublinhou. Lucho, Jackson e Hulk foram os que estiveram mais perto de o conseguir, com o primeiro a provocar o balançar das redes num remate que só não foi perfeito por se encontrar em posição irregular.
A segunda parte trouxe mais do mesmo, ao ponto de Vítor Pereira ter alargado a frente de ataque com a inclusão de Kleber e prescindindo de Fernando. Mas as dificuldades persistiram e a iminência do golo, nos pés de Hulk ou na cabeça de Jackson, não fez mais do que acentuar o recuo do Gil Vicente, que ia resistindo à última vaga atacante do bicampeão.
Se não fosse Adriano, a negar o mais provável a Jackson, haveria mais um pé, uma perna ou um par de equívocos de arbitragem, que negaram ao FC Porto o direito a testar Adriano da marca de grande penalidade. Mangala, primeiro, e Kleber, depois, foram agarrados na grande área, na cobrança de dois pontapés de canto. Aos 55 e aos 85 minutos
in fcporto
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