Titular de Luiz Felipe Scolari nas três partidas disputadas em junho, Hulk deixou o gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, sob aplausos. Teve bons lances frente ao Japão, a exemplo do que já havia conseguido diante da França. No domingo retrasado, em Porto Alegre, foi um dos que mais provocaram empatia no público. Em dado momento, embalou uma onda de aplausos depois de boa jogada.
“Aqui nem todos me conhecem, são poucos. Mas a partir de amanhã vão passar a me conhecer melhor”, dizia esperançoso antes de enfrentar o Japão. Depois da partida, parecia satisfeito: “vim para jogar, fazer meu trabalho como no clube. Se não me conhecem de clubes, vão me conhecendo nos jogos da Seleção. A competição é boa para isso”.
No Brasil, insinuações de Romário; na Rússia, até racismo
A exemplo do que ocorreu com outros no passado, Hulk paga o pato por não ter feito carreira por um clube brasileiro. Luiz Gustavo e Filipe Luís, por exemplo, também costumam gerar essa desconfiança. Nos estádios do Brasil, se acostumou a ouvir vaias estridentes. A elas se somavam, a cada entrevista coletiva, questões sobre a relação ruim com o público.
O deputado federal Romário, ainda nos tempos de Mano Menezes, chegou a sugerir um esquema dentro da CBF que teria favorecido Hulk. O jogador foi chamado às Olimpíadas e, valorizado no Porto, vendido ao Zenit por 60 milhões de euros. Nos últimos meses, com Felipão no cargo, Romário cessou as críticas.
Na Rússia, porém, os valores do negócio revoltaram companheiros de Hulk no Zenit. “Ele é realmente tão melhor que os outros para ganhar um salário três vezes maior?”, questionou o volante da seleção russa, Denisov. Teve desentendimentos com o treinador italiano Luciano Spaletti por substituições e foi até alvo de um manifesto da torcida do clube por conta de seu tom de pele.
Antes de provável mudança para a Inglaterra, bons fluídos no Brasil
Contra o Japão, por exemplo, os números deixaram evidentes os prós e contras do atacante. Foi o principal finalizador, com três tentativas, e o líder em passes errados – seis no total. Mesmo assim, continuou sua lenta caminhada para conquistar o público que aparentemente já entende seu futebol. De dedicação, força, pouca técnica e uma finalização poderosa.
in esportes.terra.com.br
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