A seleção brasileira
chegou no fim da tarde desta quinta-feira a Salvador, onde no sábado
enfrentará a Itália, para alegria
do povo baiano (ou, pelo menos, de boa parte do povo baiano) e de quatro
jogadores que têm bons motivos para se sentir em casa: o lateral-direito Daniel Alves, os zagueiros
Dante e David Luiz e o atacante Hulk. Os dois primeiros são baianos e os últimos
jogaram em Salvador, ambos no Vitória.
Sem nenhuma dúvida, o mais
empolgado com a volta à Bahia é Daniel Alves. Nascido em Juazeiro, cidade
localizada na divisa com Pernambuco, ele foi criado para o futebol nas divisões
de base do Bahia, o único clube que defendeu no Brasil. Por isso,
não vê a hora de pisar de novo no gramado da Fonte Nova, que está agora muito
diferente daquela Fonte Nova que ele deixou quando foi jogar no Sevilla, da
Espanha, em 2003. “Vai ser um dia especial, único na minha vida. Será como uma
volta no tempo. A Fonte Nova foi, é e sempre será um estádio especial para mim
porque foi onde tudo começou.”
Segundo Daniel, seu jogo inesquecível no principal estádio de Salvador foi a
estreia no time profissional do Bahia, contra o Paraná, em 2001, pelo Campeonato
Brasileiro. “Não tem jeito, a estreia é sempre o jogo que marca mais. Eu me
lembro que o Evaristo (de Macedo, na época o técnico do Bahia) só me disse: 'Vá
lá e jogue'.” E Daniel, então com 18 anos, jogou mesmo. Ele sofreu um pênalti e
deu uma assistência na vitória por 3 a 0 de sua equipe.
Hulk, Dante e David Luiz também sentirão uma emoção especial quando estiverem
diante do público baiano. Assim como o paulista David, o paraibano Hulk teve
passagem curta pelo Vitória, o que não o impediu de guardar boas lembranças de
Salvador. E o atacante do Zenit São Petersburgo, da Rússia, espera novamente
contar com a solidariedade nordestina que tanto o ajudou em Fortaleza – vaiado
em vários jogos da seleção no País, ele foi bastante aplaudido e incentivado
pela torcida cearense.
“É lógico que eu recebo mais apoio por ser aqui de cima”, comentou o jogador.
“É claro que o nordestino tem uma relação especial com a seleção, até porque não
tem o costume de receber o time. Quando a gente vem para cá, ele quer
aproveitar, ficar perto de nós.”
Daniel Alves concorda com seu companheiro e diz que fica sempre empolgado
quando a seleção joga em sua região. “O Nordeste para a gente é sempre especial,
eles vivem o clima de seleção com outro sentimento. É o que a gente quer em
todos os Estados.”
in estadao.com.br
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