- Saí muito cedo do Brasil, com 18 anos, fui para o Japão, passei três anos e meio. Depois fui para o Porto, tudo aconteceu muito rápido na minha vida, houve o reconhecimento em toda a Europa. Depois, o sonho de vestir a camisa da Seleção. Tudo foi rápido, mas longe do Brasil. Infelizmente nem todos os brasileiros me conhecem como jogador, não me acompanham aqui. É mais pelo conhecimento do jogador mesmo, por não ter jogado no Brasil. Mas temos um amistoso (contra a França), e mais cinco jogos da Copa das Confederações. São suficientes, vão me conhecer e ver quem eu sou.
Em nove anos de carreira, Hulk, que ganhou o apelido de super-herói dos pais, foi revelado no Vitória em 2004. Depois, jogou quatro temporadas no Japão, quatro em Portugal e agora está no futebol russo. Estreou na seleção brasileira em novembro de 2009, convocado por Dunga. Com Mano Menezes, participou dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. A chegada de Felipão não o tirou da equipe brasileira. Pelo contrário. Hoje, é titular do ataque ao lado de Neymar e Fred. Até aqui, foram 27 partidas, sete gols e três assistências.
- Primeiro procuro convencer o treinador. Até porque é ele que escala o time. Procuro fazer o meu trabalho perfeito. A torcida vai ser conquistada com os jogos. Vão respeitar e apoiar mais. A gente quer isso. Vamos correr. Se tiver que morrer lá em campo, vamos morrer. Pela camisa do Brasil a gente dá a vida. Eu saio sempre de cabeça erguida, consciente de que faço meu trabalho da melhor maneira possível. Apesar de os torcedores não me conhecerem, estou tranquilo. Joguei cinco jogos aqui no Brasil, sendo três pela Seleção (amistosos contra África do Sul, China e Inglaterra). Tive a felicidade de fazer gols em dois jogos, sendo um contra a África do Sul. Tenho que continuar trabalhando, mas com certeza os torcedores vão me conhecer a cada dia que passa e no fim da Copa das Confederações vai ser maravilhoso.
Hulk conquistou Felipão e, pelo menos por ora, supera Lucas na concorrência por uma briga no ataque. No empate por 2 a 2 com a Inglaterra, no entanto, deixou o campo muito vaiado ao ser substituído no segundo tempo. O público queria ver o atacante do PSG em ação.
- Ser elogiado pelo treinador é o que qualquer um quer. Procuro fazer o que ele pede taticamente. Isso de competir com o Lucas é normal, é um jogador que tem nome conhecido no Brasil, não só ele, mas vários jogadores. São vários concorrentes. Três ou quatro estão no ataque e temos mais três ou quatro prontos para entrar. Quem joga quer dar o máximo. A briga é saudável e é o que precisa na Seleção.
Se na maior parte do Brasil Hulk ainda é rosto pouco conhecido, é na Paraíba que ele justifica o apelido de herói. Por lá, principalmente em Campina Grande, não falta força dos admiradores e conterrâneos.
- Falar da Paraíba é falar da minha vida. Sou paraibano de coração, nordestino nato. Tudo que tenho de educação devo para a Paraíba. Agradeço o carinho e sempre vou levar a Paraíba comigo. Se Deus quiser, dia 30 de junho vou levantar a bandeira da Paraíba comemorando o título da Copa das Confederações no Maracanã.
O sexto jogo de Hulk no Brasil deve ocorrer no próximo domingo. A Seleção enfrenta a França, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. A partida será às 16h (de Brasília) e será o último teste antes da estreia na Copa das Confederações, dia 15, contra o Japão.
in globoesporte
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