Na Copa do Mundo de 1994, Zinho era visto como uma peça fundamental para a Seleção Brasileira pelo técnico Carlos Alberto Parreira. A torcida e a imprensa do País é que não entendiam muito sua escalação. O ex-jogador vê Hulk numa situação parecida hoje em dia, recebendo muitas críticas, e executando uma função semelhante.
"Eu abdiquei da minha característica, de flutuação, organização, para ser campeão do mundo, não me arrependo. Não da para perceber um jogador exatamente com a mesma função. O mais próximo é o Hulk, que também é um meia jogando aberto. Ele vem sendo cobrado, mas já vejo pessoas elogiando a importância tática dele também", disse Zinho, antes de entrar em campo com outros brasileiros para enfrentar veteranos italianos num jogo festivo na sede do Botafogo, em General Severiano, na zona sul do Rio.
O jogador lembra do sacrifício que teve de fazer em 1994 e dos riscos que correu - os mesmos que alguns dos jogadores de hoje também estão correndo. Naquela Copa, como vínhamos há 24 anos sem ser campeões, Parreira resolveu igualar taticamente a forma de jogar dos europeus sem a bola. Tanto que eu não jogava daquela maneira nos clubes. Isso não foi compreendido pela maior parte da imprensa. Recebi duras criticas e, se não fosse campeão, ficaria marcado. Hoje as pessoas começam a ver a importância tática para que Romário e Bebeto fizessem gol."
Apesar de ver alguma importância de Hulk no time de Felipão, Zinho gostaria mais de uma formação com Hernanes e Paulinho como volantes mais soltos. Deixaria o jogador do Zenit, da Rússia, no banco de reservas como opção para o segundo tempo.
"O Hernanes, para entrar na equipe, Felipão teria que mudar um pouco o sistema. Sobraria para algum dos jogadores do lado, o Hulk provavelmente. E tem uma característica interessante, de organização e chute chegando de trás. Acho que ele tem muita qualidade e está pedindo passagem para entrar no time."
Um combinado brasileiro com nomes como Zinho, Aldair e Jorginho, todos campeões mundiais em 1994, disputa uma espécie de "revanche" daquela final contra um time de veteranos italianos - o goleiro Pagliuca e o volante Albertini são as principais estrelas da Itália - na sede do Botafogo, em General Severiano.
in esportes.terra.com.br
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