A entrada determinada era assumida e a confirmação não se fez esperar. Três minutos foi tempo de sobra para o FC Porto marcar, com um movimento rápido de João Moutinho a oferecer o terceiro golo em três jogos a Janko, que, com um desvio de cabeça, igualou o registo de Jardel na sua época de estreia nos Dragões.
A disposição portista foi ratificada nos minutos seguintes, com um domínio crescente que permitiu ao campeão desenhar o jogo no género “sentido único” e alargar a vantagem, ainda antes da meia hora, com uma estreia absoluta: num lance que abriu com a recuperação de bola e fechou com um remate cruzado, Fernando marcou o seu primeiro golo na Liga com a camisola do FC Porto; de permeio, apenas a assistência de Hulk.
Nada mudou com o segundo golo portista. Autoritário, o campeão continuou a decidir o destino do encontro, numa tendência confirmada pelo registo de posse de bola, que, entre inevitáveis oscilações, atingiu várias vezes a casa dos 70 por cento. Antes e depois do intervalo, o jogo foi quase sempre aquilo que o FC Porto quis, permitindo-se os Dragões a uma compreensível gestão do esforço, justificada pela experiência europeia recente.
A supremacia portista sofreria um golpe inesperado, absolutamente contra a corrente e desferido na transformação exemplar de um livre directo. Marcou Meyong. Aos 75 minutos, o Vitória parecia, por fim, reentrar no jogo, numa ilusão prontamente desmentida por Varela, que fez o terceiro golo dos Dragões quatro minutos depois, assistido por Rodríguez, com um passe atrasado perfeito.
Retomada a normalidade, o FC Porto reproduziu sinais de clara hegemonia, com o mais gritante a esbarrar na trave, a remate de Sapunaru, e os restantes a provocarem o desequilíbrio profundo da defesa de Setúbal.
in fcporto.pt, 19/02/2012
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