A quarta vitória consecutiva na Luz não andou longe. Andou por ali, nos pés de Lucho ou nos arranques de Hulk, que desde cedo geraram a sensação de encurtar o caminho para a final da Taça da Liga. Entre voltas e reviravoltas, o FC Porto perdeu a oportunidade de fechar a eliminatória antes da meia-hora e, com ela, perdeu também o jogo. Mas não o sentido da prioridade, que aponta ao título.
Entrar a perder é a expressão. Sem tempo nem ascendente para justificar a vantagem, o Benfica já vencia ao quarto minuto. Marcou Maxi Pereira. Mas o remate cruzado do uruguaio não deixou marcas para lá do resultado. Bola ao centro e Alvaro, por curiosidade, também ele uruguaio, transmitia o primeiro sinal de que a reacção portista não se faria esperar. Na verdade, produziu a reviravolta em apenas 13 minutos.
Um trabalho fantástico de Hulk, que decompôs a defesa adversária e aguardou pelo momento exacto para o remate de Lucho, está na origem do empate, ainda que Javi García tenha desempenhado um papel determinante no desenlace, ao desviar a trajectória da bola, que pouco depois voltaria ao fundo das redes da baliza defendida por Eduardo. Mangala subiu bem alto e fez, de cabeça, o 2-1.
A pressão azul e branca, exercida aos primeiros esboços de ataque do opositor, gerou uma sucessão de situações de perigo na área benfiquista a um ritmo impressionante, e Lucho poderia ter feito o terceiro, ainda aos 18 minutos, na execução de um “chapéu” que ficou curto. Só uma sequência de faltas, apontadas invariavelmente na mesma direcção, relançou o Benfica, numa coincidência agradável para quem apenas incomodava de “bola parada”. Assim acertou nos postes da baliza de Bracali e assim marcou, a três minutos do intervalo e um segundo depois de um derrube ostensivo de Luisão a Sapunaru.
Compunha-se, desta forma, o equilíbrio, replicado na segunda parte, então mais óbvio e natural, marcado por uma cadência de parada e resposta. Numa delas, especialmente rápida, Cardozo recuperou a vantagem "encarnada" aos 77 minutos. E novo empate teria, certamente, surgido, quando a corrida isolada de Hulk foi interrompida aos 86 minutos, por suposta posição irregular que a colocação de Capdevila, do lado contrário ao arranque do “Incrível”, negava só por si.
Ganhou o Benfica, mas o resultado poderia ter sido diferente. Bem diferente. De volta ao campeonato.
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